terça-feira, 23 de dezembro de 2008

História do Aconcágua


Nunca se encontrou prova de ocupação humana permanente em toda a região e os vestígios existentes denunciam apenas acampamentos temporários de caçadores nômades em perseguição aos rebanhos de guanacos durante o verão. A cultura Inca venerou os altos cumes do Aconcágua deixando importante legado na aresta que o liga ao Cerro Pirâmide.

Em 1985 uma expedição Argentina encontrou, na cota 5.300 metros, o corpo mumificado de um menino envolto com mantos e plumas. Próximo ao corpo estava suas sandálias, bolsa e seis estatuetas de ouro e prata. Três representando lhamas e três com a figura humana. É do alemão Paul Güssfeldt a primeira tentativa documentada de atingir o cume. Vindo do Chile pelo vale do rio Volcán, avançou até os 6.560 metros onde construiu um totem com pedras. Quatorze anos depois, em 1897, o alpinista inglês Edward Fitz Gerald dirigiu a expedição que logrou a primeira ascensão indiscutível ao cume do Aconcágua.

O grupo de Fitz Gerald chegou as grandes pedreiras da face noroeste da montanha depois de percorrer o vale do rio Horcones. Após várias tentativas o guia Matias Zubriggen atingiu sozinho o cume em 14 de janeiro deixando lá o seu piolet. Um mês depois, seguindo a mesma rota, o italiano Nicolas Lanti acompanhado do inglês Stuart Vines chegaram também ao cume, conseguindo a segunda escalada bem sucedida para a mesma expedição.

A rota pelo Glaciar dos Polacos somente veio a ser desbravada em 1934 pelos poloneses Konstanty Narkievicz-Jodko, Stefan Dazynski, Wiktor Ostrowski e Stefan Osiecki. Os franceses Pierre Lesueur, Adrien Dagory, Edmond Denis, Lucien Berardini, Rober Paragot e Guy Poulet abriram a primeira rota na parede sul em fevereiro de 1954. Alcançam o cume com vários congelamentos e são resgatados na rota normal por uma expedição internacional.

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